Sempre tive uma relação amor/ódio com os Domingos. Quando era miúda, Domingo à tarde signficava ir para a beira da praia, quer fosse Verão ou Inverso, e ficar horas dentro do carro enquanto os meus pais liam o jornal ou conversavam pois aquele era um momento que ambos apreciavam. Eu é que não. Se estivesse bom tempo ainda podia brincar na areia e comer um gelado e as coisas lá se compunham, mas perferia ficar em casa a brincar. Se tivesse irmãos seriam serões agradáveis mas sendo filha única... Depois fui crescendo e já tinha autorização para ficar em casa com as amigas, ir ao cinema, e já gostava mais. Depois fui para a universidade para Braga e Domingo era o dia de regressar a Braga. Era um misto de alegria e tristeza, mas mais tristeza, porque por um lado ia voltar a estar com as minhas amigas de lá, mas por outro lado era mais uma semana sem o M. e isso custava muito. Cada vez foi custando mais. Não gosto lá muito de despedidas, nem que sejam só por uns dias. Agora que a vida leva outro rumo continuo a sentir uma relação amor/ódio por os Domingos. Quando estou de folga, adoro. Quando estou a trabalhar detesto porque só penso em como era bom estar a fazer seja lá o que for com o meu namorado e com os meus amigos no lugar de estar a trabalhar. É uma relação difícil portanto.
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